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III COPENE CENTRO-OESTE

O III Copene Centro-Oeste 2017, que acontecerá entre os dias 04, 05 e 06 de setembro, na cidade de Campo Grande, MS, tem como tema: Presença Negra no Centro-Oeste - inserção no mundo do conhecimento e do trabalho. Portanto, trata-se de um congresso de caráter científico com ênfase e tradição em temas ligados ao combate ao racismo, promoção de diversidade e inclusão socioeconômica da população negra e minorias. Nesta edição do congresso, em 2017, faremos, pela primeira vez, um grande esforço para mobilizar os profissionais da Educação Básica, professores e estudantes, por meio de parcerias com as secretarias de estado de educação.

 

LPEQI - Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão em ação:

 

A DESCOLONIZAÇÂO DA CIÊNCIA: UMA AÇÃO AFIRMATIVA NO ENSINO DE QUÍMICA

Apesar da diversidade étnica do Brasil a constituição de 1988 trata essa realidade com bastante superficialidade, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…”, já as diretrizes e Base da educação Nacional prevê que o “projeto político-pedagógico, na sua concepção e implementação, deve considerar os estudantes e os professores como sujeitos históricos e de direitos, participantes ativos e protagonistas na sua diversidade e singularidade”, entretanto a ciência que é ensinada nas escolas brasileiras, segundo Chassot, 2001 é apresentada por uma ótica eurocêntrica, branca, masculina e cristã, desconsiderando essa grande diversidade. Assumidos esses pressupostos defendemos que práticas pedagógicas de caráter afirmativo devem contemplar a valorização dos conhecimentos e da história da comunidade negra brasileira e da diáspora africana. Este trabalho possui elementos da pesquisa participante que nasce de lugares de pertencimento na sociedade multirracial, isto é, busca-se a participação da comunidade. A presente pesquisa apresenta o planejamento conjunto entre o professor – pesquisador e os professores em formação inicial, que desenvolveram uma abordagem interdisciplinar no ensino de química, pautando-se sempre em aspectos da Lei 10.639/03; e a análise dinâmica discursiva do processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos de química atrelados ao recorte temático discutido durante as aulas. Nossa estratégia demonstra uma possibilidade de implementar a lei no ensino de química, pois a matriz utilizada na apresentação da ciência não foi eurocentrada, ademais é possível desenvolver ações afirmativas que certifiquem a diversidade cultural e consolidem uma educação com base nas relações étnico-raciais das escolas e da comunidade onde estas estão inseridas.

Autor(es): Vander L. L. Dos Santos; Arcanjo Rodrigues De Moura; Marilene Barcelos Moreira; Aliny Gomes Silva; Claudio R. Machado Benite; Anna Maria Canavarro Benite

Link: http://copeneco.com.br/node/29

 

ELAS NAS EXATAS: A LEI 10.639/03 E OS PROTETORES SOLARES EM PELE NEGRA

As professoras e os professores vivem no Brasil e são formados em um contexto em que prevalece a ideia, não praticada, porém aceita, de que todos e todas são iguais. Por conseguinte, às mulheres e aos negros teriam “lugares” reservados na ordem social. Devido à sua inserção social e formação docente, a/o professora/professor acaba por reproduzir em sala de aula comportamentos que reforçam esses “lugares”. Dessa forma, o projeto “Investiga Menina!”, tem o objetivo de investir em ações que buscam a discussão sobre a visão de ciência masculina e europeia, questionando os estereótipos de gênero em produção científica por meio do design, planejamento e desenvolvimento de Intervenções Pedagógicas (IPs) que evidencie pesquisadoras negras. Este trabalho apresenta elementos de uma pesquisa participante, pois busca a análise de sua própria história, com o objetivo de promover ações coletivas para o benefício da comunidade escolar. Esse projeto desenvolveu-se em um colégio da rede pública de Goiânia. A IP intitulada “Sobre protetores solares para pele negra: uma questão social” atuou na desmistificação do não uso de protetores solares por pessoas negras, conceito este, que é reforçado pelos meios midiáticos de propagandas de proteção solar nos quais retratam unicamente pessoas brancas, excluindo as/os negras/os e exacerbando a inutilização de proteção contra radiação solar por negros. Perante essa utópica teoria de democracia racial e diante de uma sociedade que reafirma a dominação sobre outros povos considerados inferiores por seus fenótipos. Cabe-nos como sujeitos dessa sociedade e, consequentemente, afetadas/os por ela, como professoras/res de química, mediar esse discurso no ensino para, com isso, combater o racismo consolidado.

Autor(es): Fernanda Silva Fernandes; Gustavo Augusto Assis Faustino; Regina Nobre Vargas; Morgana Abranches Bastos; Geisa Louise Mariz Lima; Anna Maria Canavarro Benite, Cláudio Roberto Machado Benite

Link: http://copeneco.com.br/node/28

 

SOBRE A PROTEÇÃO DA PELE NEGRA: UMA QUESTÃO DE BELEZA, ESTEREÓTIPOS E A MÍDIA EM AULAS DE QUÍMICA

O Sol é indispensável para a vida dos seres vivos no planeta terra, a exposição ao sol traz benefícios ao ser humano, como bem-estar físico e mental, estímulo à produção de melanina. A preocupação com a pele vem desde as civilizações egípcias que utilizavam a mamona como protetor solar. Além disso, a mídia pode ser considerada um agente fundamental na alteração do comportamento, interferindo inclusive no próprio processo de emergência da identidade. Desse modo, buscamos evidenciar a contribuição de pesquisadoras negras na construção do conhecimento científico e na produção de recursos tecnológicos. Este trabalho se caracteriza como pesquisa participante uma vez que somos as/os professoras/es de química e também os membros da sociedade multirracial brasileira. Apresentamos os resultados da intervenção pedagógica do projeto “Investiga Menina!” intitulada “Ensino de Ciências e Identidade Negra: Uma relação entre a proteção de pele e o racismo na mídia”, onde foram produzidos 618 turnos. A radiação ultravioleta (UV) é dividida em ultravioleta A, B e C. As pessoas de pele negra representam a maioria da população brasileira e percebe-se nas propagandas a representação apenas de pessoas brancas difundindo a ideia errônea de que a pele negra não precisa de proteção contra os raios solares. O mito da pele negra é resistente se constitui como das formas de racismo em nossa sociedade e alcança o povo através de aparelhos sociais, como a comunicação. Portanto cabe a nós, professores e professoras de química, estimular as discussões em sala de forma a desvelar o racismo instituído na sociedade brasileira.

Autor(es): Gustavo Augusto Assis Faustino; Regina Nobre Vargas; Morgana Abranches Bastos; Fernanda Silva Fernandes; Geisa Louise Mariz Lima; Cláudio Roberto Machado Benite; Anna Maria Canavarro Benite

Link: http://copeneco.com.br/node/27

 

04/09/2017

MANHÃ

 

 

 

 

Espaço reservado aos estudantes e ao Movimento Estudantil: podem propor a realização de uma mesa redonda, oficinas e rodas de conversa

 

 

8h30

                         Início do Credenciamento

 

TARDE

 

 

15h00-17h30

Credenciamento

 

 

17h30

Apresentação cultural

Apresentação percussiva de canto e dança
Comunidade São João Batista
 

 

        18h00

Abertura de exposição - Artista visual Erika Pedraza

 

NOITE

 

 

18h20

Mesa de Abertura

 

 

19h00

 

CONFERÊNCIA DE ABERTURA: Evolução dos indicadores sociais da população negra: Avanços?

Dr. Jefferson Mariano - IBGE

 

 

20h30

Coffee Break

e

  Roda de dança com a Prof. Gabriela

05/09/2017

MANHÃ

 

 

8h30

 

 1 -  MESA REDONDA: 30 anos do Caderno de Pesquisa Raça Negra e Educação: Reflexões sobre os avanços da inserção dos/as negros/as nos diferentes espaços de escolarização e socialização

           Profa. Dra. Bartolina Ramalho Catanante
           Profa. Dra. Cíntia Santos Diallo

 2 -  MESA REDONDA: Mulheres em Destaque no Movimento Negro

 

10h00

Coffee Break

e

Roda de Capoeira

 

10h30-12h00

GTs e

OFICINAS TEMÁTICAS

 

12h00-13h30

Almoço

 

TARDE

 

 

13h30-15h00

CONFERÊNCIA: Diversidade – Desafios e Oportunidades

Profa. Dra. Sônia Guimarães (ITA)

 

15h00-16h00

      CONFERÊNCIA: A Construção da Identidade do Docente negro no Ensino Superior Confessional

Prof. Dr. Jarbas Vargas Nascimento (PUC-SP)

 

        16h00

             Fórum dos NEAB´s e  NEABI´S do Centro-Oeste

 

16h30

Atividade Cultural - Apresentação dos acadêmicos de Artes Cênicas

1 - Íhoneaku - Origens 
Interprete - criador: Ya Moreira 
Direção: Dora de Andrade e Gabriela Salvador

2 - Entre Corpos 
Interprete - criador: Ademir Júnior 
Direção: Dora de Andrade e Gabriela Salvador
 

 

        17h00

      Translado para a Comunidade Tia Eva

 

NOITE

 

 

18h00

Roda de Conversa na Comunidade Quilombola Urbana Tia Eva

 

19h30

Festa de Confraternização na  Comunidade Tia Eva

06/09/2017

MANHÃ

 

 

8h30

GTs    e    OFICINAS TEMÁTICAS

 

         10h00

                   Coffee Break e Atividades Culturais
   Intervenção “Negreiro” – Cia de Artes Rob Drown
 

 

10h20

CONFERÊNCIA: Educação e racismo: pesquisas e políticas afirmativas no Centro-Oeste

Profa. Dra. Renísia Cristina - UNB

 

 

12h00 - 13h30 

                            Almoço

 

TARDE

 

 

13h30

MESA REDONDA: Direitos Humanos e Políticas Públicas: cultura da população negra em debate

               Profa. Dra. Nilda da Silva Pereira 
               Profa. Vânia Lucia Baptista Duarte
               Profa. Rosana Anunciação
               Dr. Eduardo Franco Cândia
 

 

14h30

Roda de conversa –  Conterrâneos africanos

 

15h30

Coffee Break e  Apresentação dos acadêmicos de Artes Cênicas:

1 - Subsolo 
Intérprete-criadora: Ângela Mendes da Silva 
Direção: Dora de Andrade e Gabriela Salvador

2 - Consagração 
Intérprete-criador: Julio Ruschel 
Direção: Dora de Andrade e Gabriela Salvador

3 - Apresentação de intervenção artística  - acadêmica de Artes Cênicas Mariana de Castro
 

 

16h00

Lançamento de Livros

 

17h00

 I Encontro de pesquisadores das áreas de Ciências da Natureza, Ciências Exatas e Tecnologias da ABPN

 

18h00

CONFERÊNCIA de Encerramento

Profa. Dra. Anna Canavarro Benite (Professora do Instituto de Química da UFG e Presidente da ABPN)

 

18h30

Mística de Encerramento

 

  GTs Aprovados

 

GT 1: Territorialidades e temporalidades Africanas e afro-descendentes: uma aproximação interdisciplinar entre a geografia e a história        

Profa. Ma. Janira Sodré Miranda - IFG ; Profa. Dra. Lorena Francisco De Souza - UEG

 

GT 2: Capitalismo Racial, Diversidade Econômica e Autonomia Negra

Profa. Ma. Priscilla Pinto Ferreira Vaz -  Universidade da Carolina do Norte, Chapel Hill, EUA

 

GT 3: Identidades e Resistências Afro-Religiosas na Região Centro-Oeste

Profa. Ma. Monique Francielle Castilho  Vargas - UFGD

 

GT 4: Educação para as relações étnicos-raciais no ensino de ciências na educação básica, tecnológica e superior: uma discussão a partir das leis 10639/03 e 11645/08

Profa. Dra. Anna Maria Canavarro Benite ; Prof. Me. Juvan Pereira da Silva; Prof. Marciano Alves dos Santos  - UFG

 

GT 5: Vídeo-Documentário “Mulher De Raça”: O Ideal em torno do Corpo e sua Solidão        

Stefanny da Silva VeigaVivian Campos de Oliveira

 

GT 6:  Educação das Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola na região Centro-Oeste: interfaces e convergências, dilemas e desafios.

Profa. Dra. Candida Soares da Costa (UFMT); Prof. Dr. Sergio Pereira dos Santos (UFMT)

 

GT 7: Feminismo Negro e os desafios impostos aos/as pesquisadores e pesquisadoras negros e negras na academia

Mediador: Elis Regina da Silva Gonçalves; Palestrante: a definir

 

GT 8Negros e Cotistas dentro da Academia: Desafios e Perspectivas Futuras

Mediador: Rafael Dantas ; Oradores: Elis Regina da Silva Gonçalves (UFMS), Jhonatans Oliveira (UEMS), representante da UCBD a definir, representante da UNIDERP a definir, representante da UNIGRAN a definir, representante da UFMT a definir, representante da UFG, representante da UNB

 

GT 9: Desafios de ser artista negro frente aos (des) investimentos nas produções culturais na atualidade- Estratégias

Mediador: Rafael Dantas; Palestrante: a definir

 

GT 10: Pensamento feminista negro: algumas reflexões sobre as histórias, saberes e práticas de mulheres negras na Diáspora

Profa. Dra. Elcimar Dias Pereira; Marjorie Nogueira Chaves; Viviane Ferreira da Cruz; Pollyanna Marques

 

GT 11: Arte Culturas afro-brasileiras e africana

Prof. Dr. Carlos Alberto Silva da Silva

 

GT 12:  Acesso e permanência de indígenas no Ensino Superior

Profa. Ma. Adriana Oliveira de Sales (FAIND/UFGD)

 

GT 13: Vozes negras na literatura: diálogos além do tempo e espaço

 Profa. Ma. Sandra Regina Marcelino Pinto; Profa. Ma. Eliane da Silva; Profa. Dra. Marcela Ernesto dos Santos

 

GT 14:  Acadêmicas, Trabalhadoras e Militantes: a Visibilidade da Mulher Negra nos diversos espaços sociais   

Myleide Meneses Oliveira Machado