Epistemologia afrocentrada: desafios para a ciência | 73ª Reunião Anual da SBPC

Epistemologia afrocentrada: desafios para a ciência | (SBPC) (SBPC Afro e Indígena) | 73ª Reunião Anual da SBPC

73ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

EPISTEMOLOGIA AFROCENTRADA: DESAFIOS PARA A CIÊNCIA (SBPC) (SBPC Afro e Indígena)

Coordenador: Julvan Moreira de Oliveira (UFJF)
Palestrantes: Anna M. Canavarro Benite (UFG), Bas’ilele Malomalo (UNILAB), Hilton Pereira da Silva (UFPA)

Segunda-feira, 19/7/2021, das 09h00 às 11h00

https://youtu.be/oaUI0x3N9h4

Os desafios da descolonização dos saberes científicos
Os caminhos e os desafios da descolonização científica serão temas abordados por pesquisadores de renome em mesa-redonda sediada na próxima segunda-feira, 19, no primeiro dia da 73ª Reunião Anual (RA) da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O debate integra a SBPC Afro e Indígena e será ministrado pelo pesquisador e diretor de Ações Afirmativas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Julvan Moreira de Oliveira – que adianta que a mesa-redonda refletirá “a necessidade de uma epistemologia descolonizadora na pesquisa, na produção e na criação do conhecimento”.

“Considerando que o Brasil é um país multicultural, os meios acadêmicos e científicos ainda são espaços de expressão do pensamento ocidental, cuja consequência é a invisibilidade das diversas formas de produção de conhecimento, silenciadas por mentes colonizadas”, pondera Oliveira. “A motivação do debate é apresentar abordagens teóricas outras, especialmente as de base epistemológicas africanas, assim como indígenas, dentre tantas outras diferentes maneiras necessárias para transformar os currículos.”

A ciência sob o olhar de diferentes abordagens filosóficas

Epistemologia é considerada a filosofia da ciência, também conhecida como teoria do conhecimento; em seu âmbito, são criticamente estudados os princípios, as hipóteses e os resultados obtidos em diversas áreas científicas. De acordo com Oliveira, a discussão da mesa-redonda envolve debater a necessidade de consolidar as universidades como espaços plurais, de uma ciência multiepistemológica, ou seja, que abriga diferentes abordagens filosóficas. “Em outras palavras, compreender que a pesquisa pode reposicionar o saber do sujeito, o que implica compreender que toda pesquisa é, também, uma ação política.”

De acordo com o pesquisador, “o horizonte descolonizante busca superar o multiculturalismo e a monocultura do conhecimento científico por uma ecologia de saberes, e nesse caso particular, a partir das contribuições de epistemologias africanas, afrodiaspóricas, além de indígenas”.

A mesa-redonda será composta, sob a coordenação de Oliveira, pelos pesquisadores Anna M. Canavarro Benite (Universidade Federal de Goiás), Bas’ilele Malomalo (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira) e Hilton Pereira da Silva (Universidade Federal do Pará). “A minha expectativa é que possamos oferecer um olhar para uma epistemologia pluralista, que não fique apenas centrado no saber, mas também sobre o problema de pensar: o que é pensado, como a realidade é pensada ou está sendo pensada.”

Oliveira ainda informa que a mesa-redonda dialoga com a conferência “Ações afirmativas na pós-graduação: perspectivas para a pesquisa no Brasil”, que acontece na sexta-feira, 23, também integrante da programação da SBPC Afro e Indígena da 73ª Reunião Anual da SBPC.

https://youtu.be/oaUI0x3N9h4

 

Epistemologia afrocentrada: desafios para a ciência | 73ª Reunião Anual da SBPC

https://youtu.be/oaUI0x3N9h4

Fonte: https://www2.ufjf.br/noticias/2021/07/15/os-desafios-da-descolonizacao-dos-saberes-cientificos/