
“NOVAS FRONTEIRAS DA INTOLERÂNCIA RACIAL: VELHAS PRÁTICAS DE DISCRIMINAÇÃO E NOVOS ESPAÇOS – UNIVERSO WEB”
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, por meio do Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação, Gênero, Raça e Etnia – CEPEGRE , juntamente com a Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as – ABPN, realizará, de 23 a 28 de janeiro de 2017, na unidade sede, em Dourados, o IX CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES/AS NEGROS/AS – IX COPENE.
Noite - Local: Anfiteatro Municipal do Parque dos Ipês
19:00: Mesa de Abertura e Apresentação da Nova Diretoria da ABPN
Presidente: Anna M. Canavarro Benite
Secretária Executiva: Alessandra Pio Silva
Diretora de Relações Institucionais: Fernanda Souza de Bairros
Diretora de Relações Internacionais: Ana Beatriz Sousa Gomes
Direção das Áreas Acadêmicas: Raquel Amorim dos Santos
"Chapa Dandaras – Biênio 2016/2018 – apresenta sua proposta de plano de ações:
1) Fortalecer o elo com as diferentes representações do Movimento Social;
2) Investir na Regionalização desta Associação;
3) Promover ações multidisciplinares e/ou interdisciplinares na formação de pesquisadores e na produção de conhecimento;
4) Endossar a discussão sobre ações afirmativas;
5) Transparência financeira;
6) Internacionalização da ABPN.
WebSite: https://chapadandarasabpn.blogspot.com
24/01/2017
Manhã – Local: Cidade Universitária
08h – 09h30min: Oficinas/minicursos
10h – 11h30min: Mesas Redondas
3. AFRICANIDADES E A CONFIGURAÇÃO DO CURRÍCULO EM AÇÃO: sobre a lei 10.639/03 e as tecnologias – (anfiteatro do Bloco A/UEMS)
Profa. Dra. Eliane Costa Santos - GEPEm /FEUSP
Profa. Dra. Nicea Quintino Amauro - UFU
Prof. Dr. Henrique Cunha - UFC
Prof. Dr Eduardo de Oliveira - UFBA
Profa. Dra. Anna M. Canavarro Benite (Anita Canavarro)- ( LPEQI, UFG)
25/01/2017
Manhã – Local: Cidade Universitária
08h – 09h30min: Oficinas/minicursos
10h – 11h30min: Mesas Redondas
3.NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS: PERSPECTIVAS DE CONSOLIDAÇÃO, DILEMAS, AÇÕES INTEGRADAS E PROJETOS
Profa Dra Eugênia Portela – UFGD
Prof. Dr.Antonio Novais – UFPB
Profa. Dra. Anna M. Canavarro Benite (Anita Canavarro) - UFG
Profa Dra Marilu Marcia Campelo – UFPA
26/01/2017
Manhã – Local: Cidade Universitária
08h – 09h30min: Oficinas/minicursos
10h – 11h30min: Mesas Redondas
1.IMPLEMENTAÇÃO DA 10.639-03: PELO DESLOCAMENTO EPISTÊMICO NOS CURRÍCULOS DE CIÊNCIAS (QUÍMICA, FÍSICA, MATEMÁTICA E BIOLOGIA)
Profa. Dra. Anna Maria Canavarro Benite – UFG
Prof. MSc. Juvan Pereira da Silva – UFG
Profa Dra Sonia Guimarães – ITA
Profa Dr.a Monica Abrantes Galindo - UNESP
Prof. Msc. Gustavo FORD IF-ES
27/01/2017
Noite – Local: Cidade Universitária
18h30min: Conferência de encerramento:
REINVENTANDO O PODER: SOBRE A DESCOLONIZAÇÃO DOS CURRÍCULOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS/QUÍMICA.
Conferencista: Profa Dra Anna Maria Canavarro Benite – UFG/Presidenta da APBN
O LPEQI - Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão estará nos seguintes espaços de apresentações:
GT 03 – EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTINICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO BÁSICA E TÉCNICA (ERER NA EDUCAÇÃO BÁSICA E TÉCNICA)
Sala 05
Bloco G
DATA 26/01/2017
ARCANJO RODRIGUES DE MOURA
IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03: UMA AÇÃO AFIRMATIVA A PARTIR DO ENSINO DE QUÍMICA:
"Apesar da diversidade étnica do Brasil a constituição de 1988 trata essa realidade com bastante superficialidade, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…”, já a lei das diretrizes e Base da educação Nacional prevê que o “projeto político-pedagógico, na sua concepção e implementação, deve considerar os estudantes e os professores como sujeitos históricos e de direitos, participantes ativos e protagonistas na sua diversidade e singularidade” entretanto a ciência que é ensinada nas escolas brasileiras, segundo Chassot, 2001, é apresentada por uma ótica eurocêntrica, branca, masculina e cristã, desconsiderando essa grande diversidade. Pensando nisso práticas pedagógicas de caráter afirmativo para a valorização dos conhecimentos e da história da comunidade negra brasileira e da diáspora africana vem sendo desenvolvidas. E neste trabalho apresentamos a uma disciplina de química experimental para a implementação da Lei 10.639/03. Esta é uma pesquisa participante que nasce de lugares de pertencimento na sociedade multirracial, Nossa estratégia demonstrou que é possível implementar a lei por meio do o ensino de química não apenas por obrigatoriedade mas, como política de ação afirmativa, pois a matriz utilizada na apresentação da ciência não foi eurocentrada".
GT 10 – IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639 – 03: PELO DESLOCAMENTO EPISTÊMICO NOS CURRÍCULOS DE CIÊNCIAS (QUÍMICA, FÍSICA, MATEMÁTICA E BIOLOGIA).
Sala 02
Bloco E
DATA 24/01/2017
MORGANA ABRANCHES BASTOS
SOBRE BELEZA, ESTERIÓTIPOS E RELAÇÕES DE ESTRUTURA E ATIVIDADE: DESCOLONIZANDO A AULA DE QUÍMICA
"Este trabalho analisa extratos de discursos, gravados em áudio e vídeo e transcritos em 1312 turnos, de uma Intervenção Pedagógica (IP) do Ensino de Química para alunas/os do Ensino Médio de uma escola da rede pública estadual de Goiânia. A partir de recursos imagéticos e dados do IBGE, que caracterizam a população brasileira, a IP envolveu alunas e alunos em uma discussão sobre: o racismo na sociedade brasileira; o padrão de beleza veiculado nos meios de comunicação; a Ciência como uma atividade apenas de laboratório, masculina, branca e europeia, apresentando as práticas, as pesquisas e as histórias de vida e contribuições de cientistas negras brasileiras; a presença dicotomizada de mulheres na atividade científica e sobre os conceitos químicos abarcados no estudo das características e da constituição dos cabelos. Portanto, o desenvolvimento desta IP contribui para a implementação da lei 10.639/03 no Ensino de Química. Os resultados apontaram que as/os alunas/os se apropriaram dos conceitos químicos explorados na intervenção pedagógica, mostrando que é possível ensinar Química a partir de uma Ciência de Matriz Africana, buscando desconstruir a visão de Ciência hegemônica: branca, europeia, masculina e de laboratório".
GUSTAVO AUGUSTO ASSIS FAUSTINO
POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA NO ENSINO DE QUÍMICA
"Mostramos neste trabalho, brevemente, o histórico do surgimento do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais – CNPCT (2016) a partir da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais PNPCT (2007). Em seguida mostramos como os saberes desses povos pode ser discutidos em aulas de química a partir de algumas plantas utilizadas em religiões de matriz africana. O uso da arruda, rosas brancas, algodoeiro e juá-de- capote, foi transdisciplinados com conceitos de química. Ficou evidenciado que algumas vezes os alunos reproduzem os discursos das instituições escolares, suas relações sociais imperialistas e coloniais e assim se sustentam silenciando qualquer traço de desenvolvimento de outras formas de produção de conhecimento e com isso tendem a desautorizar os mitos e a filosofia das religiões de matriz africana em detrimento do discurso científico de base físico-matemática. No entanto, entendemos que uma intervenção pedagógica desse tipo, pode ser uma alternativa para a inserção da lei 10.639/03 no ensino de química".
DATA 26/01/2017
FERNANDA SILVA FERNANDES
ESTUDOS SOBRE DESIGN E PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: A 10.639/03 E O ENSINO DE QUÍMICA
“Como prática da histórica militância negra foi sancionada em 2003, a Lei 10.639. No entanto, anos após sancionada a lei, há resistência para sua implantação nos currículos dos cursos superiores responsáveis pela formação de docentes para o ensino básico. Dessa forma é apresentado o design e planejamento de Intervenções Pedagógicas no âmbito do projeto de pesquisa e extensão intitulado “Investiga Menina!”. Uma iniciativa que trabalha com a desconstrução da visão de cientista como sujeito masculino e branco em aulas de Química e a implementação da Lei 10.639, a fim de estimular a inclusão de meninas nos cursos de química e aproximar essas estudantes das carreiras científicas, tento em vista que o mundo da ciência se estruturou em bases quase exclusivamente masculinas, ora excluindo as mulheres, ora negando as suas produções científicas. O projeto “Investiga Menina!” atua na aproximação entre as estudantes da escola básica e as práticas científicas por meio de ações direcionadas em laboratório de química e que, ao mesmo tempo, busquem visibilizar as pesquisadoras negras brasileiras, desconstruindo o paradigma que impera na sociedade de uma ciência unicamente masculina e eurocêntrica, implementando a Lei 10.639 quando agrega à sua execução a produção de ciência negra feminina”.