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Professora Anna M. Canavarro Benite do Instituto de Química da UFG é eleita a Presidente da ABPN

A professora Anna M. Canavarro Benite, do departamento de Química da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) – ABPN.  O cargo de presidente até então era exercido pela professor Paulino de Jesus Francisco Cardoso, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A ABPN é uma associação civil, sem fins lucrativos, filantrópica, assistencial, cultural, científica e independente, tendo por finalidade o ensino, pesquisa e extensão acadêmico-científica sobre temas de interesse das populações negras do Brasil.

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 Anna Benite na conferencia de abertura 

 

Antecedentes da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros

Foi com a compreensão da importância de se saber a quanto andavam a presença e produção acadêmica negra que em 1989, no período de 21 a 23 de setembro, realizou-se, na Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (UNESP) – campus de Marilia – o I Encontro de Docentes e Pesquisadores e Pós-Graduandos Negros das Universidades Paulistas. O encontro teve como temática central “A Produção do Saber e suas Especificidades”. O evento superou as expectativas tanto por reunir intelectuais de outros estados do país quanto por possibilitar a visualização de uma produção acadêmica emergente preocupada com a situação da população negra.

Na última década do século XX, com a realização da Marcha Zumbi dos Palmares em 20 de novembro de 1995, o movimento negro passou a insistir na necessidade de que o Estado brasileiro, de forma definitiva, instaurasse políticas publicas que operassem na superação da dualidade: igualdade perante a lei/desigualdade real. O resultado concreto dessa exigência foi a constituição do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) que tinha como função principal elaborar, propor e acompanhar políticas de valorização da população negra.

A mobilização política de entidades do movimento social atuantes na sociedade civil foi acompanhada pelos acadêmicos negros nas instituições de ensino superior (IES) espalhadas por todo o país. Assim, onze anos após o encontro de Marilia, precedido por uma década de mudanças significativas no entendimento e tratamento da temática racial no Brasil, o I Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros, realizado de 22 a 25 de novembro de 2000 em Recife, inaugurou um novo procedimento ao efetuar um balanço da produção recente dos pesquisadores negros e negras e de estudos que lidam com temáticas relacionadas com a situação dos afro-descendentes, especialmente no Brasil.

O II Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros, realizado de 25 a 29 de agosto de 2002 na cidade de São Carlos no Estado de São Paulo, deu continuidade às deliberações do I Congresso a aprovou, por unanimidade, em sessão plenária, a constituição da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (não restringindo a participação de pesquisadores não-negros) com o objetivo principal de congregar e fortalecer laços entre pesquisadores que tratem da problemática racial, direta ou indiretamente, ou se identifiquem com os problemas que afetam a população negra e, principalmente, estejam interessados em seu equacionamento não apenas teórico.

O III COPENE, realizado em São Luis do Maranhão entre os dias 06 e 10 de setembro de 2004, ocorreu sob uma intensificação da luta anti-racista e com a adoção de cotas para negros em algumas instituições de ensino superior, notadamente a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e a Universidade Estadual da Bahia (UNEB) que foram as primeiras instituições públicas de ensino superior a adotarem reservas de vagas.

O IV COPENE, realizado em Salvador capital da Bahia entre os dias 13 e 16 de setembro de 2006, teve como tema central “O Brasil Negro e Suas Africanidades: Produção e Transmissão de Conhecimentos”, com mais de 1200 participantes - docentes e  discentes, pesquisadoras e pesquisadores de várias universidades brasileiras, bem como mestres populares, detentores de conhecimento, mas não necessariamente portadores de títulos acadêmicos - interessados pela temática das relações étnico-raciais.

O mais recente, o V encontro nacional apresentou o  tema ¨Pensamento Negro e Antirracismo: Diferenciações e percursos", atendeu a necessidade de contínua reflexão acerca da produção de intelectuais negros(as) em grande parte “invisíveis” na ciência brasileira e nas sociedades científicas, ainda que tenhamos indivíduos de renome internacional. O tema foi escolhido por permitir um horizonte transnacional e comportar variações e divergências dentro de uma unidade de construção de uma representação negra plural no Brasil e no mundo, por sua vez, exigia uma multiplicidade de interpretações e intervenções visando sua eliminação.

O VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as aconteceu na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 29 e 29 de julho de 2010, sendo a temática “Afro-Diáspora, Saberes Pós-Coloniais, Poderes e Movimentos Sociais”. O evento pretendeu apresentar e discutir os processos de produção/difusão de conhecimentos intrinsecamente ligados às lutas históricas empreendidas pelas populações negras nas Diásporas Africanas, nos espaços de religiosidades, nos quilombos, nos movimentos negros organizados, na imprensa, nas artes e na literatura, nas escolas e universidades, nas organizações não-governamentais, nas empresas e nas diversas esferas estatais, que resistem, reivindicam e propõem alternativas políticas e sociais que atendam às necessidades das populações negras, visando a constituição material dos direitos.

Difundir e debater os saberes produzidos por negros(as) no Brasil implica no esforço de identificar no cenário sociocultural brasileiro, conhecimentos, manifestações e formas de pensar/estar no mundo, concepções, linguagens e pressupostos não hegemônicos, construídas pela multiplicidade de sujeitos que constituem as populações negras, focalizando essa população como produtora de conhecimentos científicos, técnicos e artísticos.

O VII Congresso, ocorrido entre o período de 16 a 20 de julho de 2012, na cidade de Florianópolis, contemplou a temática “Os desafios da luta antirracista do século XXI”. Atingindo um público de aproximadamente 1.000 participantes, o evento promoveu discussões sobre os processos de produção e difusão de conhecimentos ligados às lutas históricas empreendidas pelas populações negras nas mais diversas esferas institucionais e áreas do conhecimento.

O VIII Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as aconteceU em 2014 nas dependências da Universidade Federal do Pará (UFPA) entre os dias 29/07 e 02/08/2014. Tem como principal intenção apresentar e discutir os processos de produção e difusão de conhecimentos intrinsecamente ligados às lutas históricas empreendidas pelas populações negras nas Diásporas Africanas, emanadas nos espaços de religiosidades, nos quilombos, nos movimentos negros organizados, na imprensa, nas artes e na literatura, nas escolas e universidades, nas organizações não-governamentais, nas empresas e nas diversas esferas estatais, que resistem, reivindicam e propõem alternativas políticas e sociais que atendam às necessidades das populações negras, visando a constituição material dos direitos.

 

ELEIÇÕES PARA MEMBROS DA DIRETORIA EXECUTIVA (ABPN)

CHAPA DANDARA

Presidente: Anna M. Canavarro Benite

É doutora e mestre em ciências, licenciada em química pela universidade federal do Rio de Janeiro. Atua na área de ensino de química pela universidade federal de Goiás com foco em cultura e história africana no ensino de ciências, ensino de ciências de matriz africana e da diáspora, cibercultura na educação inclusiva, políticas de ações afirmativas, ensino de ciências e relações raciais e feminismos negros. É coordenadora do Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão (LPEQI) http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/1381641079113209 e fundadora do Coletivo CIATA, grupo de Estudos sobre a Descolonização do Currículo de Ciências que atualmente está desenvolvendo o projeto Investiga Menina https://www.facebook.com/investigamenina/. Representante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial do Estado de Goiás e ativista do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado. Coordena a Rede Goiana Interdisciplinar de Pesquisas em Educação Inclusiva - RPEI. Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Ensino de Ciências e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros. Assessora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás. 

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Secretária Executiva: Alessandra Pio Silva

É Doutoranda e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com interesses em pesquisas acerca de identidade e educação da população negra; feminismos negros; avaliação e avaliação institucional; políticas de ações afirmativas. É Pedagoga especialista em Educação e Relações Raciais com aperfeiçoamento em Teoria e Questões Políticas da Diáspora Africana nas América e Relações Raciais e Educação. Professora licenciada da SME/Duque de Caxias e Técnica em Assuntos Educacionais. Pedagoga do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro e primeira coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB). Instituiu o Grupo de Estudos, Pesquisas e Ações sobre Racismo e Relações étnico-raciais e Indígenas (GEPARREI) http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/9208515248333931 e o Circuito Cultural Afro-Brasileiro do Colégio Pedro II. Proponente e coordenadora de GT’s sobre Relações Raciais na Educação Básica no COPENE e outros eventos acadêmico-científicos.

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Diretora de Relações Institucionais: Fernanda Souza de Bairros

É Nutricionista e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com período de Doutorado Sanduíche na Agência de Salut Pública de Barcelona, Espanha. Pós-doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Vale do Rio do Sinos. Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando no Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva e no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Atua também como pesquisadora colaboradora no Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Desenvolve ensino, pesquisa e extensão principalmente nos seguintes temas: iniquidades em saúde, raça/cor, gênero e segurança alimentar e nutricional.

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Diretora de Relações Internacionais: Ana Beatriz Sousa Gomes

É Pedagoga pela Universidade Federal do Piauí, Mestre em Educação pela Universidade Federal do Piauí e Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Educação atuando principalmente com Educação das Relações Étnico Raciais, Formação de Professores, Legislação da Educação, Movimentos Sociais e Educação e Ensino a Distância. Atualmente é professora da Universidade Federal do Piauí, Departamento de Fundamentos da Educação, Diretora no Centro de Ciências da Educação, coordenadora do IFARADÁ - Núcleo de pesquisa sobre africanidades e afrodescendência da UFPI e Coordenadora dos Cursos de Aperfeiçoamento e de Especialização do Programa Rede de Educação para a Diversidade/SECADI/MEC no Centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI.

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 Direção das Áreas Acadêmicas: Raquel Amorim dos Santos

É Pedagoga pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Pará, onde é Professora Adjunta A. Atua principalmente em temas como: Política Curricular, Currículo, Formação de Professores, Relações Étnico-Raciais, Teoria das Representações Sociais e Análise do Ciclo de Políticas. É Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais (GERA/UFPA) http://nucleogeraufpa.blogspot.com.br/. Associada a ANPED - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, ANPAE - Associação Nacional de Política e Administração da Educação e ABPN - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros. 

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Visando dar continuidade a projetos em andamento e planejar novas ações a Chapa Dandaras – Biênio 2016/2018 – apresenta sua proposta de plano de ações:

1) Fortalecer o elo com as diferentes representações do Movimento Social;

2) Investir na Regionalização desta Associação;

3) Promover ações multidisciplinares e/ou interdisciplinares na formação de pesquisadores e na produção de conhecimento;

4) Endossar a discussão sobre ações afirmativas;

5) Transparência financeira;

6) Internacionalização da ABPN;

ABPN

 

VOTAÇÃO

1. A votação será nos dias 07 e 08 de dezembro de 2016.

  1.  Apenas por meio eletrônico na página da ABPN http://www.abpn.org.br na área restrita do associado quite com a anuidade de 2016.
  2.  O resultado será disponibilizado na página da associação no dia 09 de dezembro. E a diretoria eleita será empossada pela Comissão Eleitoral designada sob a portaria nº. 001/2016, após a proclamação do resultado das eleições.

 

WebSite: https://chapadandarasabpn.blogspot.com

E-mail: chapadandaras@gmail.com

Facebook: @chapadandaras

Watsapp: (034) 9898-6535

 

  • RESULTADO DA APURAÇÃO DE VOTOS - ELEIÇÃO DA ABPN (BIÊNIO 2016-2018)

A Comissão Eleitoral do processo eletivo de escolha da Direção Biênio 2016-2018 da ABPN traz a público o resultado do escrutínio realizado online nos dias 07 e 08 de dezembro de 2016, conforme edital para este fim, lançado no site da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as): Chapa Dandaras eleita com 99,20% dos votos validos.

Dessa forma, considera-se eleita a Chapa 1 – Dandaras cujas homologação e posse serão oficializadas em Assembleia Geral a ser realizada no IX COPENE, em Dourados - Mato Grosso do Sul.

Atenciosamente, 
Deivison Moacir Cézar de Campos
Leonor Franco de Araújo
Sátira Pereira Machado

 

IX Copene – Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as)

A Universidade Federal de Goiás em disponibilizou um ônibus com uma comissão para o IX-COPENE, com discentes de graduação, mestrado, doutorado, participantes de projetos de extensão e docentes.

Participaram deste ônibus alunos e alunos do LPEQI - Laboratório de Pesquisas em Educação Química e Inclusão do Instituto de Química: Gustavo Augusto Assis Faustino, Juvan Pereira da Silva, Vander Luiz Lopes dos Santos, Anna Maria Canavarro Benite, Marysson Jonas Rodrigues Camargo, Arcanjo Rodrigues de Moura, Regina Nobre Vargas. LaGnete - Laboratório de Estudos de Gênero, Étnico-Raciais e Espacialidades: Lucas Almeida Souza. NEADI - Núcleo de Estudos Afrodescendente e Indígena: Vitor Silva de Amorim, Gustavo Henrique Dias Souza, Karina Morais de Azeredo, Claudinei Rodrigues de Lima, Enoe Isabela Baía de Moraes, Maria José Pereira. Núcleo de Pesquisa, Estudo e Extensão em Comunicação e Diferença: Evaldo Gonçalves Silva. Aluna do curso de especialização em Inovação em Mídias Interativas: Manoela Augusta da Silva. Aluna do curso de especialização em História e Cultura Afro-brasileira e Africana: Maria das Neves Jardim de Deus, entre outros participantes.

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Saída para o COPENE

 

O IX COPENE que, de acordo com o edital, tem como objetivo geral reunir pesquisadores/as negros/as para discutir, apresentar, ampliar e avaliar as ações e estratégias de combate ao racismo, às políticas públicas direcionadas à população negra brasileira e as produções científico-acadêmicas elaboradas nas últimas décadas, traz como tema “NOVAS FRONTEIRAS DA INTOLERÂNCIA RACIAL: VELHAS PRÁTICAS DE DISCRIMINAÇÃO E NOVOS ESPAÇOS – UNIVERSO WEB”.

A nona edição do COPENE tem como objetivo geral propiciar debate e reflexão sobre o uso do universo web como espaço de disseminação de velhas práticas de intolerância racial e as políticas públicas de combate. A escolha do tema deu-se em virtude das situações de ataques racistas que afloram mais a cada dia com uso de recursos do universo midiático, baseados na ideologia da superioridade racial e na lógica da impunidade.

O IX COPENE tem, ainda, os seguintes objetivos específicos:

·Divulgar pesquisas acadêmicas relacionadas ao tema e pertinentes à construção e ampliação do conhecimento humano, realizadas por intelectuais negros(as) e outros pesquisadores;

·Fortalecer os grupos de pesquisa, os NEABs e estudos sobre os interesses das populações negras no Brasil, África e Diáspora;

·Envolver docentes e discentes dos cursos de graduação das  instituições de educação superior do estado de Mato Grosso do sul e do Brasil em torno da discussão sobre desafios e perspectivas na educação das relações étnico-raciais; e,

·Propiciar oportunidade de formação continuada para os professores da Educação Básica de Dourados e municípios da região.

Para a realização deste importante evento, contamos com a parceria do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros - NEAB/UFGD e outras fontes para colaboração em construção com os demais NEABs, principalmente da região Centro-Oeste, bem como de órgãos de governo e Movimentos Sociais. O tema do evento será abordado em Conferências, Mesas Redondas, Grupos de Trabalhos (GT’s) e Comunicações de Pesquisas, Sessões de Pôsteres, Minicursos e oficinas. Os eventos culturais também abordarão a temática do negro e da negra.

Dessa forma, informamos que Dourados - MS, intitulada Cidade Educadora, os receberá com carinho, muito calor humano e Tereré gelado. Participem!

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Conferência de abertura

 

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Kabengele(USP/UFRB), Profa Petronilha ( UFSCAR ), Prof.Paulo Vinicius (UFPR ), Profa Anória(UNEB) e Profa. Anna(UFG e presidenta eleita da ABPN).O COPENE é isso: diversidade regional, trajetórias de luta e força acadêmica de pesquisador@s negr@s comprometidos com um conhecimento engajado e com a mudança social.